Nessas férias do
futebol brasileiro, finalmente, entendi porque não pode dar certo. Não é levado
a sério. É apenas um grande cabide de pendurados dirigentes, dos clubes, das
federações, da CBF. Ouso colocar no mesmo saco de farinha mofada o jornalismo
esportivo. Virou um reboco ondulado de um muro sem prumo, que ajuda a
desaprumar.
Tudo começa errado. E o
que começa errado não pode dar certo. A Copa São Paulo de Juniores, que
revelou, revela e, espero, revelará grandes jogadores, alguns até craques
(raros), se contaminou. O árbitro, da Federação Paulista de Futebol, Flávio
Rodrigues Guerra, numa desastrada para uns, proposital para outros, atitude
manchou a “copinha”.
Esse juiz, ou seria
marionete da FPF, marcou um pênalti para o time do São Paulo. E qual o
problema? Se insurgirão muitos. O problema é que a falta, se houve, foi
claramente fora da grande área e o “excelentíssimo” (eles gostam desse
tratamento) estava a menos de quatro metros do lance capital.
Lance capital é antigo,
sei, mas esse o foi. O erro do juiz Guerra mudou a classificação do torneio.
Pode ter mudado o resultado final da vida desses adolescentes.
Mas o capital do erro
vai além da marcação do árbitro. Guerra estava suspendo de partidas, oficiais
ou amadoras, do futebol brasileiro pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça
Desportiva). Não poderia apitar. Mas apitou e contaminou. Nenhum jornalista que
cobre a copinha sabia disso. Jornalista desinformado? Ou jornalismo conformado?
O responsável pela
escala dos juízes do torneio foi o coronel Marcos Marinho. Acho que o
jornalista Mauro Pandolfi está certo. O problema do Brasil é que nunca nos
livramos dos desmandos da ditadura miliar. Suas estruturas, sejam no futebol,
sejam na política, ou na economia se mantém firmes, inabaláveis.
Enquanto o nosso, cada vez mais, mal formado e
desinformado, jornalismo parece um megafone da rádio oficial do coreto da praça.
Mesmo com todas as ferramentas do século XXI.
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