Antes mesmo de inventarem as
regras do “footbal” usava-se o surdo som do apito. Não era apito para adestrar
cães, inaudíveis, era o trilar estridente do som da bolinha metálica batendo no
corpo o instrumento de sopro, também metálico.
O apito servia para ordenar
tudo. Ordenar estudantes nas escolas. Juntar competidores do remo. Determinar o
sobe da bola do basquete.Organizar os corredores, disparados por estampidos de
revólveres. O silvo do apito, usado pelos guardas noturnos, impunha autoridade.
Sonoramente mostrava a presença da lei.
O apito é o instrumento de
autoridade... Principalmente no futebol.
Não é o juiz que começa a
partida; é o som do seu apito. Não é o árbitro que para o jogo; é o sopro que
sai agudo de autoridade. No campo, todos ficam prosternados ao som do apito,
feitos os cães, em decibéis mais baixos. Até a torcida reage, no aplauso ou na
vaia, mas nunca com indiferença.
Por mais sonoras que sejam as
arquibancadas, as cadeiras numeradas, os camarotes, ouvem o apito. Seu som marca
o compasso do andamento do jogo.
Como o mestre de baterias das
escolas de samba. Coordena. Determina. Dita o ritmo. Afina; desafina.
Independente de tecnologias
para camisas, chuteiras, caneleiras, luvas de goleiros, rádios comunicadores
para os árbitros, que podem ser 3, 4 ou 6, depende do momento, é o apito que
manda no futebol. O apito e seu soprador.
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