Chiko Kuneski
Gol. O êxtase. Até mesmo
os onanistas do passe, do toque, do movimento, do drible (e nesse caso me
incluo), do futebol bem jogado anseiam o gozo da bola rompendo as redes.
Conceitua-se o zero a zero. Jogo bem jogado. Um empate melhor que muitas goleadas, dizem
alguns. Sublimação pela falta do prazer final. Do gozo supremo. Do rouco grito
quem vem da garganta. Êxtase. Grito. Tesão ao extremo.
Um desejo objetivo do
torcedor. Deveria ser sempre do jogador. Talvez, até o seja. Mas, entre um e
outro, os desejos tem uma muro: os treinadores. Os empata jogo, empata esquema,
empata tesão. Os que dizem que um ponto é melhor que o meio a zero. Mas o gol
não tem fração. O futebol não tem fração. É de número inteiro.
O treinador fracionário
faz seu time jogar horizontalmente. Falta-lhe a visão vertical do retângulo.
Incisiva. Aguda. Perfurante. Cria os movimentos lateralmente perfeitos, mas sem
o tesão da meta final. Broxam o grito do gozo do gol.
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