terça-feira, 14 de junho de 2016

O midiático e a mídia

Chiko Kuneski

Em julho de 2015 publiquei aqui no Crônicas por tubo um texto sobre o comportamento de Neymar. Ousei achar que o “garoto prodígio” dos jornalistas brasileiros era um ser humano virtual. Ousei. Hoje vejo que estava certo e estou certo. Neymar foi, é e sempre será um craque de Playstation. Vive no mundo virtual criado pela mídia e pelos jornalistas esportivos que o idolatram.

“Um monte de babacas”, segundo palavras escritas por ele nas redes sociais. Acho que Neymar, pela primeira vez, teve razão, apesar de escrever a nota com o fígado, ao que tudo indica pelas imagens postadas por ele próprio, bem molhado. Mas está de férias. Tem todo o direito de um humano de carne e osso quanto a “molhar a palavra.”

Mas a bêbada lucidez de Neymar acertou. Os comentarias, repórteres, locutores, os mídias esportivos são “babacas”. Criam um mundo virtual de idolatria, para induzir a veneração do eleito. Especialmente no Brasil a “crítica” esportiva vive de falsificação. Da criação. Do craque paralelo. Do ídolo virtual eleito.

Hoje, no retorno ao Brasil e uma ligeira realidade, o “ídolo” da Seleção levou um puxão de orelha e se desculpou. O texto de mea-culpa publicado nas redes sociais tem tom de profissional. Não foi o garoto do mundo virtual, mas um assessor competente que o escreveu. O choque de realidade obriga a ação de pessoas reais para salvar os sujeitos midiáticos.


Neymar, a criatura, mostrou-se igual aos seus criadores. Babacas.

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