Chiko Kuneski
Em julho de 2015
publiquei aqui no Crônicas por tubo um texto sobre o comportamento de Neymar. Ousei achar que o “garoto prodígio” dos jornalistas brasileiros era um ser
humano virtual. Ousei. Hoje vejo que estava certo e estou certo. Neymar foi, é
e sempre será um craque de Playstation. Vive no mundo virtual criado pela mídia
e pelos jornalistas esportivos que o idolatram.
“Um monte de babacas”,
segundo palavras escritas por ele nas redes sociais. Acho que Neymar, pela
primeira vez, teve razão, apesar de escrever a nota com o fígado, ao que tudo
indica pelas imagens postadas por ele próprio, bem molhado. Mas está de férias.
Tem todo o direito de um humano de carne e osso quanto a “molhar a palavra.”
Mas a bêbada lucidez de
Neymar acertou. Os comentarias, repórteres, locutores, os mídias esportivos são
“babacas”. Criam um mundo virtual de idolatria, para induzir a veneração do
eleito. Especialmente no Brasil a “crítica” esportiva vive de falsificação. Da
criação. Do craque paralelo. Do ídolo virtual eleito.
Hoje, no retorno ao
Brasil e uma ligeira realidade, o “ídolo” da Seleção levou um puxão de orelha e
se desculpou. O texto de mea-culpa publicado nas redes sociais tem tom de
profissional. Não foi o garoto do mundo virtual, mas um assessor competente que
o escreveu. O choque de realidade obriga a ação de pessoas reais para salvar os
sujeitos midiáticos.
Neymar, a criatura,
mostrou-se igual aos seus criadores. Babacas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário