Mauro Pandolfi
Cristiano
Ronaldo é uma máquina. De jogar, de marketing, de beleza. Cristiano
Ronaldo é um símbolo. De gols, de vendas, de comportamento. Cristiano
Ronaldo é um hábil artesão. De lances, de propaganda, de moda. Cristiano
Ronaldo é um mito. Do futebol, deste tempo, da cultura pop. Cristiano
foi eleito o melhor jogador do ano pela FIFA. Deixou para trás o mais
fantástico craque desta era: Lionel Messi. Cristiano é um vencedor. De
copas, de campeonatos, de prêmios. O homem do sorriso mais emblemático
do mundo da bola, da publicidade, desejado por todos os gêneros atuais
da sexualidade. Se algum dia, robôs substituírem os homem na arte de
jogar bola, eles serão semelhantes a Cristiano Ronaldo. Afinal, ele é
uma máquina.
Cristiano
Ronaldo é um criador de imagens inesquecíveis no futebol. Grande,
hábil, forte, enérgico. Ele é o mais eficiente jogador de futebol, vou
exagerar, de todos os tempos. Não desperdiça o lance. Não complica a
jogada. Simplifica o gol. Se impõe no jogo. Cria o jogo. O vaidoso que
confere o lance, o gol, o penteado no telão do estádio. A precisão é a
sua principal característica. Nas cobranças de faltas, é mortal. Parece
usar uma mira, um visor, uma tela, para a batida perfeita, precisa,
destruidora. A técnica apurada. A matada no peito é igual a de um certo
Pelé. Definidor primoroso. Não escolhe o pé para balançar a rede. Se
caiu no esquerdo, é fatal. No direito, é quase impossível a defesa.
Cristiano se inventou para tornar-se um mito. Um obcecado pela
perfeição, pelo requinte, pela afinação. Não foge de treinos. É
aplicado, intenso. Cristiano Ronaldo é o maior jogador mortal deste
tempo.
Imagine
um campinho de pelada. O sorteio é feito. Tu escolhe primeiro. Estão um
'pibe' chamado Lionel. Há um 'gajo bestial' espadaúdo de nome Cristiano. E
agora? Ainda bem que o futebol não elimina o outro. Pelé e Garrincha
dividiam paixões nos anos 60. Pareciam irreconciliáveis as preferências.
Quem gostava de um, desprezava, diminuía o outro. Pelé era o gênio
cerebral. Garrincha, feito um pássaro em liberdade, é a improvisação, o
instinto. Li muito, vi pouco, ambos eram ambos. Há momentos cerebrais de
Garrincha. E, Pelé improvisava sempre uma solução. Os dois foram
fantásticos na seleção. Messi e Cristiano Ronaldo, talvez, nunca serão
parceiros de um mesmo time. Que pena! Geniais os dois. Um mais genioso
que o outro. Mas, eu escolho Lionel . É só uma opção. Sei que Cristiano
é fabuloso e poderá detonar o meu time. É o risco que torna o futebol
apaixonante.
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