segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O gajo bestial

 

Mauro Pandolfi

Cristiano Ronaldo é uma máquina. De jogar, de marketing, de beleza. Cristiano Ronaldo é um símbolo. De gols, de vendas, de comportamento. Cristiano Ronaldo é um hábil artesão. De lances, de propaganda, de moda. Cristiano Ronaldo é um mito. Do futebol, deste tempo, da cultura pop. Cristiano foi eleito o melhor jogador do ano pela FIFA. Deixou para trás o mais fantástico craque desta era: Lionel Messi. Cristiano é um vencedor. De copas, de campeonatos, de prêmios. O homem do sorriso mais emblemático do mundo da bola, da publicidade, desejado por todos os gêneros atuais da sexualidade. Se algum dia, robôs substituírem os homem na arte de jogar bola, eles serão semelhantes  a Cristiano Ronaldo. Afinal, ele é uma máquina.
Cristiano Ronaldo é um criador de imagens inesquecíveis no futebol. Grande, hábil, forte, enérgico. Ele é o mais eficiente jogador de futebol, vou exagerar, de todos os tempos. Não desperdiça o lance. Não complica a jogada. Simplifica o gol. Se impõe no jogo. Cria o jogo. O vaidoso que confere o lance, o gol, o penteado no telão do estádio. A precisão é a sua principal característica. Nas cobranças de faltas, é mortal. Parece usar uma mira, um visor, uma tela, para a batida perfeita, precisa, destruidora. A técnica apurada. A matada no peito é igual a de um certo Pelé. Definidor primoroso. Não escolhe o pé para balançar a rede. Se caiu no esquerdo, é fatal. No direito, é quase impossível a defesa. Cristiano se inventou para tornar-se um mito. Um obcecado pela perfeição, pelo requinte, pela afinação. Não foge de treinos. É aplicado, intenso. Cristiano Ronaldo é o maior jogador mortal deste tempo.
Imagine um campinho de pelada. O sorteio é feito. Tu escolhe primeiro. Estão um 'pibe' chamado Lionel. Há um 'gajo bestial' espadaúdo de nome Cristiano. E agora? Ainda bem que o futebol não elimina o outro. Pelé e Garrincha dividiam paixões nos anos 60. Pareciam irreconciliáveis as preferências. Quem gostava de um, desprezava, diminuía o outro. Pelé era o gênio cerebral. Garrincha, feito um pássaro em liberdade, é a improvisação, o instinto. Li muito, vi pouco, ambos eram ambos. Há momentos cerebrais de Garrincha. E, Pelé improvisava sempre uma solução. Os dois foram fantásticos na seleção. Messi e Cristiano Ronaldo, talvez, nunca serão parceiros de um mesmo time. Que pena! Geniais os dois. Um mais genioso que o outro. Mas, eu escolho Lionel  . É só uma opção. Sei que Cristiano é fabuloso e poderá detonar  o meu time. É o risco que torna o futebol apaixonante.

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