domingo, 12 de abril de 2015

Os experientes

Chiko Kuneski

Pego carona no título da minissérie da Globo para falar de um tabu no futebol. Como na vida, a idade no esporte vira sinônimo de incapacidade operacional. Mais ainda quando o esporte transformou os jogadores em gladiadores, com físico avantajado, rapidez, agilidade, às vezes sobre humana, e uma necessidade de desempenho impensada para os que já têm uma “certa idade”.

Mas não é apenas do físico que se fazem times vencedores. Sem o talento, o raciocínio apurado e a qualidade, o vigor juvenil sucumbe. No futebol o fator físico é preponderante, mas a experiência pode ser o diferencial. E nisso o esporte não difere de qualquer outra atividade profissional. A não ser pela marcação do tempo.

Não são poucos os times de futebol que contratam jogadores ditos “em final de carreira”, sem o vigor físico da juventude, e que acabam chegando em posições que as equipes dos mais jovens não galgam. Mas, como explicar que, num esporte de contato, de forte marcação, de correria, de extenuação física de dar cãibras até em juniores, os “velhos” superam os novos?

Pelo talento. Por conhecer os atalhos do campo. Pelo raciocínio veloz em corpo não tão lépido. Pela sabedoria que apenas chega com a vivência.


Escrevo essa crônica para ressaltar o sucesso do Internacional de Lages, que diziam ser um bom time “sub40”, no Campeonato Catarinense. O time coloca-se em campo como o terceiro melhor do estado. Sem dúvida, o Inter chegou onde está pelas cabeças e pés dos experientes.







Na foto Reinaldo (9), 36 anos e 
Marcelinho Paraíba, 39 anos.

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