Chiko Kuneski
Pego
carona no título da minissérie da Globo para falar de um tabu no futebol. Como
na vida, a idade no esporte vira sinônimo de incapacidade operacional. Mais
ainda quando o esporte transformou os jogadores em gladiadores, com físico
avantajado, rapidez, agilidade, às vezes sobre humana, e uma necessidade de
desempenho impensada para os que já têm uma “certa idade”.
Mas
não é apenas do físico que se fazem times vencedores. Sem o talento, o
raciocínio apurado e a qualidade, o vigor juvenil sucumbe. No futebol o fator
físico é preponderante, mas a experiência pode ser o diferencial. E nisso o
esporte não difere de qualquer outra atividade profissional. A não ser pela
marcação do tempo.
Não
são poucos os times de futebol que contratam jogadores ditos “em final de
carreira”, sem o vigor físico da juventude, e que acabam chegando em posições
que as equipes dos mais jovens não galgam. Mas, como explicar que, num esporte
de contato, de forte marcação, de correria, de extenuação física de dar cãibras
até em juniores, os “velhos” superam os novos?
Pelo
talento. Por conhecer os atalhos do campo. Pelo raciocínio veloz em corpo não
tão lépido. Pela sabedoria que apenas chega com a vivência.
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