Chiko Kuneski
.jpg)
As cores do time são como as dos olhos da
primeira namoradinha que, ainda púbere, pegou na mão. A primeira paixão; ou o
único amor.
Mesmo que o time deixe de existir e uma nova
paixão tenha que ser buscada, as cores não são traídas. Na necessidade,
busca-se o amor em outro manto, mas nunca num que tenha as cores antagônicas.
Seria traição demais.
Vibrar por um novo time não é esquecer a velha
paixão. É, ao contrário, buscar recriá-la. Ressuscitá-la. Fazê-la ganhar vida
imaginária. Os nomes, os escudos, os desenhos das camisas podem mudar; mas as
cores nunca. Nunca e jamais para cores que lembrem as dos rivais.
Troca-se, por necessidade, até de escudo; mas a
cor do sagrado manto do primeiro amor é uma traição impensada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário