terça-feira, 7 de julho de 2015

O herói se forja na chama

Chiko Kuneski

Numa postagem atrás, quando foi expulso contra a Colômbia depois do jogo encerrado pela Copa América por pura birra de “menino mimado”, chamei Neymar Jr de craque de Playstation. Confesso agora. Enganei-me. Neymar Jr é um ser humano virtual.

Perdeu completamente sua conexão com a realidade e age apenas como mito midiático. O vídeo postado na internet numa festa de novos ricos mimados mostra um arremedo de herói, que não entende as responsabilidades que esse substantivo representa. Muitos dirão que estou sendo exagerado e que o “craque” está de férias e tem direito a sua vida particular e sua individualidade. Ídolos não têm direito a individualidade. São coletivos. São, acima de tudo, exemplos, para o melhor ou para o pior, dependendo de suas posturas.

O craque do Barça passa longe de ser um diferenciado na Seleção Brasileira. A esnoba. A subjuga. A despreza a ponto de provocar uma expulsão infantil para entrar de férias. Desligou-se do elenco porque não é um líder real; é uma fantasia criada, uma necessidade inventada por patrocinadores e jornalistas esportivos “bobos da corte”.

Esses são os jornalistas que divulgam os números do “craque de Playstation” como feitos de um ídolo de carne e osso. Talvez, e isso é bem provável, o jogador bata todos os recordes e números positivos do futebol nacional. Talento tem.

Mas esqueceram de alertá-lo que os números ficam nas memórias apenas dos compêndios e dos analistas esportivos. Na dos torcedores gravam-se os exemplos das grandes conquistas capitaneadas pelos que elegem como craques e ídolos. Se continuar a ser um “ser humano virtual” Neymar Jr corre o risco de ser no futuro um Jobson real.

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