terça-feira, 14 de julho de 2015

CPI do Futebol

Para mexer; e deixar como está

Chiko Kuneski

O povo brasileiro pede por honestidade. Pelo fim das corrupções. Por punições dos corruptos. Por Cidadania. No futebol não é diferente. O torcedor quer transparência. Quer dirigentes honestos. Ainda acredita que é possível mudar o futebol brasileiro, como acredita que é viável mudar o país.

O torcedor é um apaixonado. Pelo time, pela seleção, acima de tudo, pelo Futebol. As paixões são cegas, irracionais e sem sentido lógico. A logicidade macabra fica por conta do pragmatismo dos políticos e dirigentes futebolísticos.

O Senado aprovou a CPI do Futebol, que tem como presidente o ex-jogador e  atual senador pelo RJ Romário, mas o relator é Romero. Romário será uma marionete. Um fantoche. Romero Jucá escreverá o relatório final. Porá um ponto final. O Senador já foi ministro de Lula da Previdência Social, quando respondeu por corrupção. Líder dos presidentes Lula e Dilma no Senado. Precisa dizer algo mais?

Nesse tempo todo de liderança nunca protocolou uma petição parlamentar para apurar os desvios bilionários da CBF e da FIFA, com impostos dos brasileiros, para a Copa das Copas e seus “elefantes brancos”. Jucá é um zumbi do parlamento, que suga qualquer tentativa nova de mudança. Sua escolha é perfeita para a corrupção pragmática. Investigar para não apurar. Mexer para deixar como está.

Mas a bagunça parlamentar vai além. Fernando Collor será um dos integrantes da comissão. Um estelionato político, que roubou toda uma Nação no seu bem mais íntimo: a poupança. Nunca pagou. Está novamente sendo alvo de corrupção.  A Polícia Federal já não leva mais Fiat Elba da Casa da Dinda; dirige Ferrai, Porsche e Lamborghini. Mas Collor vai investigar a corrupção do futebol.

Criaram mais uma CPI do Senado para fazer uma cortina de fumaça, escondendo a corrupção na pirotecnia parlamentar. Mais uma vez escolhem as peças chave para mexer e deixar como está

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