Mauro Pandolfi
"A humanidade só será feliz quando o último capitalista for enforcado pelas tripas do último esquerdista"
Esta frase foi pintada nos muros de Paris em maio de 1968. Não tem nada a ver com texto abaixo. Mas, concordo cada vez mais com ela.
O mundo é dos jovens. Todos querem a juventude eterna. Fazem loucuras. Mutilam-se, encharcam-se de cremes mágicos, correm como doidos. Alguns do corredores, buscam saúde. Muitos, a beleza que o tempo levou. A fonte da eterna juventude é o futebol. Trintões tomam lugar dos garotos. Cada time tem a sua cota de medalhões decadentes. E, vão brilhando no futebol do 7 a 1. Não sei se isto explica o fracasso dos times brasileiros na Libertadores, nos torneios do exterior. É uma das minhas justificativas. O futebol moderno é mais intenso, mais físico, mais tático. O veterano flutua no espaço pequeno, espera o erro, faz o passe, comemora o gol. Alguém sempre diz: 'este conhece o atalho!' Vira ídolo, quase mito, e no final, o time naufraga.
Paulo Sérgio e Marcos Valle (onde estão?) cantavam, no final dos anos 60, que não confiavam em ninguém com mais de trinta anos. Eu, menino, via no meu pai, com pouco mais de trinta anos, um velho ultrapassado. Ele gostava de tango, Vicente Celestino e faroeste. Eu era o futuro. Amava os Beatles, Rolling Stones, Roberto Carlos e lia os gibis dos heróis da Marvel. Agora, ando repetindo meu pai. A cena de cinema que mais gosto é Al Pacino dançando um tango em Perfume de Mulher. No banheiro canto O Ébrio e sou fissurado em faroeste. Belchior tinha razão: 'somos os mesmos e vivemos como nossos pais'..
O passado não passa. Mas, o tempo não para. Para fugir da ausência dos craques, os clubes buscam os medalhões que a Europa não quer mais. Entram nos lugares dos jovens que a Europa (ou a China) manda buscar. Vieram tantos. De goleiros ao centroavantes. A maioria dos goleadores marcaram menos gols, em suas carreiras, do que Rogério Ceni. Na segunda rodada do brasileiro, eles se destacaram. . Grafite, 37 anos assumidos, fez dois. O He-Man, com mais trinta, também balançou a roseira duas vezes. O mesmo que Bruno Rangel, 33.. Há os meias artilheiros. Renato, quase 40, fez o gol da vitória do Santos. O robusto Kleber (33 anos) fez o do Coritiba. E, para minha surpresa, ele ficou mais em pé do que deitado. Ricardo Oliveira, 37 anos, foi cortado da seleção por lesão. Em seu lugar, Dunga chamou Jonas, 31 anos. Um garoto!
Velhos e meninos. Os times são formados assim. Os craques dos times tem menos de 20 ou mais de 30. Os de idade entre as duas faixas, que completam o time, são os que a Europa não desejou. São jogadores de Série B ou C jogando na A. Os melhores desta faixa já disseram adeus. Voltarão no final da carreira. Esta ausência causa o mau futebol jogado no Brasil. Lento e sem imaginação. Apressado e burocrático. Não há saída. A crise financeira e a má gestão dos clubes impede qualquer alteração. Só uma revolução mudará isto. Uma liga profissional, o fim da cbf e das federações, dos estaduais. Poucos desejam a mudança. Querem manter os privilégios, as vantagens, o controle. Tudo está dentro da ordem no Brasil
Velho, sem sonhos, utopia, esperança, nada tenho a oferecer ao mundo. Tudo que acreditei, fracassou. Esperei uma revolução que nunca veio. Ainda bem. Hoje sei que seria totalitária. Meu filho André faz 18 anos esta semana. O mundo é dele. Que ajude a transformação da Humanidades. Use a sua arte, seus desejos de ser professor, para estimular a rebeldia fora dos conceitos mofados. Para terminar uma outra frase de 68: "Abram vossos cérebros tantas vezes como a braguilha"..
O passado não passa. Mas, o tempo não para. Para fugir da ausência dos craques, os clubes buscam os medalhões que a Europa não quer mais. Entram nos lugares dos jovens que a Europa (ou a China) manda buscar. Vieram tantos. De goleiros ao centroavantes. A maioria dos goleadores marcaram menos gols, em suas carreiras, do que Rogério Ceni. Na segunda rodada do brasileiro, eles se destacaram. . Grafite, 37 anos assumidos, fez dois. O He-Man, com mais trinta, também balançou a roseira duas vezes. O mesmo que Bruno Rangel, 33.. Há os meias artilheiros. Renato, quase 40, fez o gol da vitória do Santos. O robusto Kleber (33 anos) fez o do Coritiba. E, para minha surpresa, ele ficou mais em pé do que deitado. Ricardo Oliveira, 37 anos, foi cortado da seleção por lesão. Em seu lugar, Dunga chamou Jonas, 31 anos. Um garoto!
Velhos e meninos. Os times são formados assim. Os craques dos times tem menos de 20 ou mais de 30. Os de idade entre as duas faixas, que completam o time, são os que a Europa não desejou. São jogadores de Série B ou C jogando na A. Os melhores desta faixa já disseram adeus. Voltarão no final da carreira. Esta ausência causa o mau futebol jogado no Brasil. Lento e sem imaginação. Apressado e burocrático. Não há saída. A crise financeira e a má gestão dos clubes impede qualquer alteração. Só uma revolução mudará isto. Uma liga profissional, o fim da cbf e das federações, dos estaduais. Poucos desejam a mudança. Querem manter os privilégios, as vantagens, o controle. Tudo está dentro da ordem no Brasil
Velho, sem sonhos, utopia, esperança, nada tenho a oferecer ao mundo. Tudo que acreditei, fracassou. Esperei uma revolução que nunca veio. Ainda bem. Hoje sei que seria totalitária. Meu filho André faz 18 anos esta semana. O mundo é dele. Que ajude a transformação da Humanidades. Use a sua arte, seus desejos de ser professor, para estimular a rebeldia fora dos conceitos mofados. Para terminar uma outra frase de 68: "Abram vossos cérebros tantas vezes como a braguilha"..
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