terça-feira, 31 de maio de 2016

Extra série

Chiko Kuneski

O talento. No toque. No passe. No drible, principalmente no drible, no futebol ou no basquete, mais ainda na bola ao cesto, é que decide. O talentoso chama o jogo, quer a bola o tempo todo, vai sempre em busca da vitória.

O talento não permite a cabeça erguida na derrota. Sai de cabeça baixa, pensativo, indignado. Poderia ter sido mais rápido, incisivo, ativo. Nunca se satisfaz com o mais ou menos. Enverga a alma de vencedor. Um raciocínio rápido, a cabeça erguida, o pisar valente. Um “chute” certeiro.

Como magnificamente Mauro Pandolfi definiu no Crônicas por Tubo, “o passe é a essência do futebol”. Mas a ousadia do drible é o talento suplementando o passe. Formam um conjunto destrutivo das defesas quando juntos. O drible pode vir antes do passe; ou seguir depois, mas desalinha a perfeita marcação, acaba com o melhor dos esquemas.


Foi maravilhoso ver esse conjunto de passe e drible, de ousadia pura, na decisão da liga Oeste da NBA. De um lado a peraltice de Curry pelo Warriors; de outro a leveza e genialidade de Westbrook pelo Thunder. Talentos. Sempre fazem a diferença.

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