Chiko Kuneski
O talento. No toque. No
passe. No drible, principalmente no drible, no futebol ou no basquete, mais
ainda na bola ao cesto, é que decide. O talentoso chama o jogo, quer a bola o
tempo todo, vai sempre em busca da vitória.
O talento não permite a
cabeça erguida na derrota. Sai de cabeça baixa, pensativo, indignado. Poderia
ter sido mais rápido, incisivo, ativo. Nunca se satisfaz com o mais ou menos. Enverga
a alma de vencedor. Um raciocínio rápido, a cabeça erguida, o pisar valente. Um
“chute” certeiro.
Como magnificamente
Mauro Pandolfi definiu no Crônicas por Tubo, “o passe é a essência do futebol”.
Mas a ousadia do drible é o talento suplementando o passe. Formam um conjunto
destrutivo das defesas quando juntos. O drible pode vir antes do passe; ou
seguir depois, mas desalinha a perfeita marcação, acaba com o melhor dos
esquemas.
Foi maravilhoso ver
esse conjunto de passe e drible, de ousadia pura, na decisão da liga Oeste da
NBA. De um lado a peraltice de Curry pelo Warriors; de outro a leveza e genialidade
de Westbrook pelo Thunder. Talentos. Sempre fazem a diferença.
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