terça-feira, 12 de abril de 2016

O fim das organizadas ou o fim do futebol

Chiko Kuneski

Talvez... Escrevi isso, talvez, o Brasil esteja voltando a respirar um ar mais puro do “estado de direito”, de fato, de todo cidadão. Antes que os leitores fiquem de cabelos arrepiados, olhos esbugalhados e fígado no lugar do cérebro, deixo claro que estou falando de futebol, nossa paixão nacional.

A boa nova vem do rubro negro. O Sport Recife obteve uma vitória para todos os torcedores brasileiros conseguindo na Justiça a proibição de acesso dos participantes da Torcida Jovem, uma das suas principais e mais violentas organizadas, a todos os jogos do time (sejam oficiais ou amistosos). A medida da Vara da Fazenda de Pernambuco bane a torcida organizada até dos treinos.

Vejo o começo da derrubada do tenebroso muro que construíram as violentas (sim violentas) torcidas organizadas no Brasil. Viraram gangues, com a participação de marginais e até braços eleitorais de dirigentes inescrupulosos que acabam como políticos, a maioria envolvida em “tenebrosas transações”. Dão suporte extracampo para dirigentes corruptos e deles têm toda a cobertura.

Os componentes das torcidas organizadas não são torcedores. São individualmente covardes que saem dos seus armários de mediocridade e se enchem de bravura bravateira nas sombras das hordas. Viram marginais, violentos, sanguinários. Marcam confrontos de verdadeiras guerras campais modernas pelas redes sociais, aproveitando o pseudoanonimato.

Agridem pessoas e instituições gratuitamente. Intimidam o torcedor lúdico, apaixonado pelo seu time e, acima de tudo, por futebol. Afastam as pessoas de bem dos campos. Prejudicam a tudo e a todos. Especialmente os times que dizem torcer.


A diretoria do Sport Recife percebeu que chegamos a tal ponto no Brasil que: ou o futebol se organiza e acaba com as torcidas organizadas; ou a organização desses torcidas destruirá o futebol.

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