Chiko
Kuneski
Que
o futebol brasileiro enfrenta uma das suas piores crises não é segredo para
qualquer torcedor. É uma crônica de uma morte anunciada. A pá de cal veio na
Copa do Mundo de 2014 com a fatídica e histórica derrota para a Alemanha por 7
a um. O time germânico humilhou futebolisticamente a Seleção Nacional vestindo
o terceiro uniforme, inspirado na camisa rubro negra do Flamengo. O que todos
dizem ser o maior time nacional.
Daí
vem a jocosidade. Aquele jogo foi talvez o começo da morte anunciada dos “times
nacionais”.
Cartolas,
jornalistas, emissoras detentoras dos direitos de transmissão das partidas de
futebol apregoam há anos o fim dos campeonatos estaduais e regionais. Usam como
desculpa a falência das competições, que fortalecem os times locais e mais
próximos das suas torcidas, também locais. Não é uma questão financeira de
renda nos estádios. O ponto fundamental é o crescimento dos times estaduais.
A
organização local dos clubes fortaleceu os primeiros times do coração de
qualquer torcedor, substituídos por times nacionais na falta de seus escudos
nas competições como o Brasileirão e Copa do Brasil. Os torcedores que apenas tinham
o segundo time para torcerem nas competições brasileiras passaram a ver o time do
coração, a primeira paixão, o escolhido, disputando com a segunda opção.
Esse
fortalecimento dos times locais e, da consequente identidade maior com os
clubes de sua cidade, colocou os times nacionais como segunda opção de fato
para os torcedores. Somente na ausência do time do coração, torcem por o de
longe, da televisão.
O
cada vez mais forte ataque dos cartolas, jornalistas e programas esportivos aos
campeonatos estaduais é por já terem entendido a possível “morte anunciada”,
mas dos times nacionais.
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