Chiko Kuneski
Tem quem acredite em
numerologia para justificar tudo. Nomes. Fracassos. Sucessos. Usam os números
para explicar até o inexplicável, como se o número fizesse a magia para o
homem. No futebol brasileiro não é diferente. O 10 é emblemático.
Não se discute o futebol sem
falar da camisa 10. Seja por criticar a falta de um talento que a envergue,
seja para lembrar os gênios que levaram times e seleções às principais
conquistas. Nenhuma mesa redonda, mesmo no século XXI, já que falamos de
números, esquiva-se de se reportar ao 10. Virou um número cabalístico,
principalmente na contemporaneidade em que o futebol não respeita mais o famoso
de 1 a 11. Aquela escalação que todo torcedor sabia o nome e número de cada
jogador. Um por um.
Atualmente são 33, 88, 99 as
estampas nas costas das camisas. Mas, quando torcedores e comentaristas se
ressentem de criatividade, de genialidade, de passes decisivos, da arte de
jogar, com e sem a bola, reclamam que falta o 10. No futebol moderno o 10 virou
mais um mito do que uma solução. Não existem mais os jogadores nota dez, nem os
camisa 10. A força, a complexidade, a movimentação, o “xadrez” futebolístico
dividiu o 10. O dividiu tanto, que às vezes até por ele mesmo.
Mas o emblemático 10 não se apagou,
principalmente no Brasil. Nenhuma escalação está completa em sua cabalística
magia do passado, mesmo que a camisa seja vestida por um talento 00. Um jogo sem a camisa 10 começa com dez em
campo.
Ô Chiko, aqui tem q responder tudo em dose dupla?
ResponderExcluirJá comentei o texto do Mauro, aqui mais um texto que gosto de ler, não pelo futeba, mas pelo prazer de ler: Falso 9, falso 7 e, em breve, falso 10.
Ah, sobre o assunto, leio tbém esse Velho Cronista, nem pelo futebol, mas pelo prazer da boa leitura: http://velhocronista.com/o-ultimo-dez/