sexta-feira, 25 de março de 2016

Os anacrônicos Ds

Chiko Kuneski

Dunga monta um time do século XXI, na Europa, e tenta fazer que joguem o futebol de 1994 na seleção, na América. O capitão da nau “canarinho” não foge à lógica da comandante (e não comandanta) do país. Dunga e Dilma dirigem os times de Zagalo de 1974.

Zagalo foi engolido, verbo que ele mesmo gosta de proferir, por conceitos futebolísticos futuristas. Michels e Cruyff, para ficar nos expoentes, e Lato, um polonês desconhecido. Dunga por falta de conceitos futebolísticos. O técnico da Seleção Brasileira é o passado exaltando o passado.

Dilma mostra-se pior. É o passado presente. Governa com os conceitos econômicos ditatoriais. Quer reeditar o “milagre econômico” da ditadura como uma nova revolução de esquerda. Como nos “anos de chumbo”, Dilma mente, engana, escamoteia e salva aliados do cadafalso.

Mas o que isso tem a ver com Dunga? O modo de ação da entidade máxima que os sustenta. Dunga, escolhido pela atual direção da CBF, é um representante do retrógrado. Do ultrapassado. Do anacrônico. Tudo mantido pela ditadura da corrupção. Do desvio. Do engano. Do logro. Dilma mantém e defende esse sistema.

Como Dilma, Dunga míngua a esperança. Apaga a chama, até então sempre viva, de torcer pela Seleção. A “redentora” faz água como a ditadura, começa a naufragar quando o futuro se impõem ao passado.


Hoje, corremos um risco atordoante. Dos conceitos do passado sobrepujarem qualquer perspectiva de futuro.

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