Chiko Kuneski
No Crônicas Por Tubo o
jornalista Mauro Pandolfi publicou um saudosista texto sobre os clássicos
usando como exemplo um de 111 anos. Cabalístico ou mera coincidência? Escreveu:
“ ...América x Bangu. O mais antigo do Rio.
111 anos de rivalidade. Tão velho que era chamado de Clássico Bisavô! Parei,
olhei, viajei.”
Isso que são os clássicos. Viagens no tempo, nas memórias,
nas rivalidades sadias. Desorganizadas. Sem “organizadas”.
Mas banalizaram o conteúdo do clássico. Virou chavão
televisivo, radiofônico, cada vez mais afônico, impresso por editores dos
cadernos de esportes sem conteúdo histórico. No futebol dos campeonatos
estaduais clássico é a disputa entre times da mesma cidade. O demais é puro
devaneio marqueteiro.
No catarinense foi assim com Paysandú e Carlos Renaux
(Brusque), América e Caxias (Joinville), Metropol e Comerciário (Criciúma),
Palmeiras e Olímpico (Blumenau), Marcílio Dias e Barroso (Itajaí) e o mais
antigo, ainda pulsante nas torcidas, Figueirense e Avaí (Florianópolis).
Esses foram clássicos dentro do campeonato estadual. A
disputa que movimentava as cidades. Que dividia entre cores, camisas e
torcedores. Os clássicos eram e ainda são os jogos imprevisíveis. A falta de
lógica. A entrega total.
Pena ter restado somente um clássico que é clássico em Santa
Catarina. E por conveniências escusas disputado não no tradicional domingo, mas
numa lacônica quinta-feira. Avaí e
Figueirense é o único clássico do campeonato catarinense.
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