Recente escrevi sobre a ilusão da bola. (Clique para ler) Sua trajetória enganadora. Suas nuances que justificam o erro do mais sagaz olhar humano. Até a bola, ilusória, criada por minha imaginação futebolística, me iludiu. Mesmo a magia da bola de futebol mostrou-se dominada pelo olhar oblíquo dos árbitros. Para eles, não há bolas. Existem bolões.
Nem
mesmo meu olhar pueril consegue mais ver os descalabros arbitrais como um ardil
da bola. Ardis se mostram os Homens. Os que seguram as flâmulas quadradas. Os
que intimidam técnicos, num homem a homem a linha do campo. Os que apitam.
Bandeiram.
Intimidam. Apitam para si. Para seus resultados. A bola não mais os traem
malabaristicamente. Roubam até isso da bola. Da bola, do jogador, do técnico,
do torcedor. No Brasil os árbitros de futebol tornam-se ministros de governo.
Desgovernam. Mudam regras e resultados.
A
bola, no seu mais puro ilusionismo, ainda precisa da genialidade, da
criatividade, da magia do jogador. No passe, no toque, no drible. O logro
arbitral depende exclusivamente da vontade, ou, necessidade de errar. Da má fé.
Como
já se comprovou na Itália, a corrupção de governos não joga distante da
corrupção das arbitragens. Olha-se o mapa. Detecta-se como furtar. Cria-se os
mecanismos. Depois basta a pessoa certa no lugar certo. Rouba-se.
Não é mais a bola que ilude, ludicamente, o olhar
despreparado dos árbitros. É o olhar ganancioso e corrupto deles que está nos
enganando. Como acontece com o governo, estamos sendo roubados no futebol. Nós,
torcedores, independente dos times. A bola é mera ilusionista. Os juízes são
mafiosos donos do circo.
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