Chiko Kuneski

Neymar
Jr é um craque de Playstation. Fora do mundo real. Funciona apenas no virtual
dos comandos. Joga bem quando existe um conjunto de outros que jogam tão bem ou
melhor. Esse é o camisa 11 do Barcelona. Explosivo. Incisivo. Algoz de
goleiros. Sempre que uma bola genial de Messi, de Iniesta, de Suares lhe chega.
Quando todos vão mal, ele fica pior. O craque recupera a mesmice, Neymar Jr a
sublinha. Principalmente na Seleção de Dunga, um exemplo do mesmo do mesmo.
Pior
que a glorificação de um Neymar Jr como craque somente a crônica esportiva
nacional, que tentou fazer de um mediano o salvador da mediocridade do futebol
brasileiro. Endeusaram-no. Buscaram a construção de um mito midiático feito as
pressas. Criaram um Átila que carrega a bola dos patrocinadores às costas.
Esqueceram que a mídia cria mitos, mas eles se destroem mais rapidamente. Os
verdadeiros craques não se mitificam. Ficam.
A
mídia esportiva buscou um herói de Playstation, construído e direcionado, num humano que mostra sentir os problemas fora
campo mais que o tesão do campo. Neymar Jr é apenas mais um que, quando está
acuado, joga com a cabeça nos tribunais. Os verdadeiros craques desconhecem os
juízes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário