“Estava mais angustiado que um goleiro na hora do
Gol”
Belchior
Pode existir um sentimento
que traduza melhor o futebol, como diz Mauro Pandolfi “um teatro de grama e
paixão”, que angústia? Faz parte de qualquer jogo. O futebol é a grande “divina
comédia humana”. É desejo. É emoção. É sofrimento. É vibração. É angústia e efusão.
São as paralelas do
espetáculo, no palco e na plateia. No campo e na arquibancada. Torcer por um
time é como escolher o amor de toda uma vida. Acontecem as desavenças, os
destemperos, o “nunca mais quero te ver”, que dura até a próxima partida. Ou
até o replay gravado, afogado num copo.
Futebol é amor
alimentando pela paixão revigorada em cada jogo. Em cada nova expectativa de
gritar: “amo esse time”. É a fossa mais curtida. A dor mais sentida. O motivo.
Desconfie do torcedor que reclama do time a cada derrota. Não é um apaixonado.
É um enganador que apenas deseja saborear o gozo. Como o falso amante.
São essas paralelas,
angústia e vibração, que tornam o futebol único e o time escolhido, normalmente
na infância, o amor perfeito de toda uma vida. Uma paixão que nunca será
esquecida nem substituída. Para o verdadeiro torcedor, como um beijo na boca
com um sabor que nenhum outro beijo repete.
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