quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Globalizando conceitos


Chiko kuneski

Se a Terra é um globo, sem arestas, e o cérebro uma noz , enervado, fico com a ideia da globalização. No futebol a bola é a Terra. Global. Enerva-se nos cérebros dos torcedores. Sofre ranhuras. Desconforma-se no conformismo. No medo do novo. A bola rola e arredonda-se como uma gravitacional da Lua.

A globalização permite isso. Estar em tempos e espaços diversos, com fusos e confusos horários rotacionais. A comunicação global, “tubal” até pouco tempo, digital agora, recria os conceitos físicos que devemos entender se quisermos estar sempre presentes. Se não... corremos o risco de sermos eternos, mas sempre anacrônicos.

No futebol essa globalização é impositiva. É ativa. Oferece o prazer voyeurista. Você decide o tipo de prazer. Todos os fetiches futebolísticos disponíveis sem senhas, filtros, exclusões, protecionismos nacionalistas. Num só dia o prazer das Ligas europeias, da Argentina, da América do Norte, das competições do Brasil, viram números do controle remoto.


O globo futebolístico é seu. Basta controlar o controle remoto da globalização. 

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