Chiko kuneski
Se a Terra é um globo,
sem arestas, e o cérebro uma noz , enervado, fico com a ideia da globalização. No
futebol a bola é a Terra. Global. Enerva-se nos cérebros dos torcedores. Sofre ranhuras.
Desconforma-se no conformismo. No medo do novo. A bola rola e arredonda-se como
uma gravitacional da Lua.
A globalização permite
isso. Estar em tempos e espaços diversos, com fusos e confusos horários
rotacionais. A comunicação global, “tubal” até pouco tempo, digital agora,
recria os conceitos físicos que devemos entender se quisermos estar sempre
presentes. Se não... corremos o risco de sermos eternos, mas sempre
anacrônicos.
No futebol essa
globalização é impositiva. É ativa. Oferece o prazer voyeurista. Você decide o
tipo de prazer. Todos os fetiches futebolísticos disponíveis sem senhas, filtros,
exclusões, protecionismos nacionalistas. Num só dia o prazer das Ligas
europeias, da Argentina, da América do Norte, das competições do Brasil, viram
números do controle remoto.
O globo futebolístico é
seu. Basta controlar o controle remoto da globalização.
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