segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Pep!



Mauro Pandolfi

Pep Guardiola! O nome que deixa nervosos os treinadores de futebol. Daqui e de lá. José  Mourinho tem alergias ao ouvir o nome. Sofre derrotas seguidas nos confrontos. Apanhou como o Real, o Chelsea,  recentemente, com o Manchester United.  Vanderlei Luxemburgo e Celso Roth tiraram o catalão para dançar. no final de semana. Criticaram  ferozmente o ousado técnico do Manchester City. 'Marketing", bradou o atual jogador de pôquer, profundo conhecedor de propaganda, de venda de carros usados e de outras vigarices da bola. "No lugar certo, na hora certa", afirmou o 'suposto' (como a imprensa gosta, quando há algo duvidoso) treinador do Inter. Guardiola deve ter tido problema de insônia com a  opinião dos dois.
No auge da decadência, Vanderlei Luxemburgo não respeita o seu passado. Tocou o trombone durante a semana em vários programas esportivos. Falou em corrupção na China, criticou Luís Felipe, brigou com Caio Ribeiro, Cléber Machado e atacou Pep Guardiola. Só faltou dizer que inventou o futebol. Foi por pouco. Mas, se considera o responsável pelo Penta. "Me tiraram de lá quando fazia um trabalho fantástico. Eu montei aquele time", disse Luxemburgo. A história contesta a versão. Como diz Mário Quintana, 'a mentira é uma verdade que não aconteceu'.
Sobre o catalão Guardiola, disse que ele é mais marketing do que técnico. "O que é conquista? Ganhou títulos na Espanha. O Luís Enrique também ganhou com o Barcelona. Foi para o Bayern, aprendeu a língua e ganhou menos que um treinador de 70 anos (Jupp Heynckes), que venceu a tríplice corroa e ele não ganhou", disparou. Luxemburgo foi um técnico inventivo, inovador, ousado. .Mítico, um Macunaíma da bola.  Formou um Palmeiras inesquecível. e um Cruzeiro demolidor. Há anos virou um colecionador de fracassos. Um mais terrível que o outro. A soberba não permite notar que o seu talento virou lembrança de almanaque.
Douglas Costa é um mísero item que diferencia Celso Roth de Guardiola. Garoto no Grêmio, Roth o chamava de ...'Douglas Bosta'. Guardiola o tirou da Ucrânia levou ao Bayern e o transformou no melhor jogador do campeonato alemão. Analisar trabalho, pensares, condutas, conhecimento é desproposital. Guardiola é sinônimo de futebol, uma síntese. Roth é só um antônimo, antítese, um nada..
Não sei se Pep Guardiola é um revolucionário. Não me interessa. Não ligo. Com Guardiola redescobri o jogo que encantava o Maurinho. A beleza do drible, das asas na chuteira, na bela expressão de Chico Kuneski, da tabela, dos passes, do jogo inteligente, da magia. Com Guardiola, o futebol é verso.  Poesia onde Messi é o meu autor favorito. Os times de Roth e Luxemburgo me lembram o programa 'Largados e pelados'. Não há beleza, encantamento, pensar. Só a insana sobrevivência,  o desespero, a rudeza, a luta que só termina com chegada da equipe de salvamento. Às, vezes é tarde. O time já respira o rebaixamento. E, eles vão em busca de um outro otário. Sempre encontram.

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