quarta-feira, 28 de agosto de 2019


O divino embate terreno

Chiko Kuneski

Os deuses do futebol são brincalhões e gostam de se deleitar com o terreno do campo de futebol. Não interferem o tempo todo, mas o suficiente para surpreender sempre os apaixonados por futebol. Agem sorrateiros. Inesperados. Rápidos como pontas velocistas ou dribles de chuteiras aladas. Os deuses dão asas à magia do futebol.

Gostam de brincar com as emoções. Reservam resultados impossíveis em jogos banais. Tudo para ver a perplexidade estampada na cara dos humanos torcedores. Por isso são deuses. Acima do previsto, criam o imponderável. Isso alimenta a magia do futebol. O torna tão apaixonante, emocionante, fantástico.

Na principal disputa do continente não poderia ser diferente. Os deuses do futebol mexeram suas cordas das marionetes dos clubes para possibilitar uma disputa única. Um jogo divino em campo terreno. Abriram a caixa de pandora dos seus sonhos parar materializar a contenda mística.

Uma semifinal de Libertadores da América num embate entre Jesus e deus. Um Jesus eternizado como premonição do hino na disputa com tricolor. Um deus venerado no Olímpico. Os deuses do futebol teceram um cataclismo de gigantes para a terra tremer.

Nesse jogo os justos deuses não devem interferir. 

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